quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ah, o verão - Fernanda Belém

Olá, leitores!
Ontem terminei um livro que me deixou bem inquieta, Ah, o verão da autora brasileira Fernanda Belém, não sei direito se gostei ou não ou se valeu mesmo a pena e essa resenha me ajudará a decidir isso. Tenho várias críticas para fazer, mas também tem lá seus pontos positivos.


O livro conta a história sobre Mila que em um verão, no auge de seus quinze anos viaja para Búzios no Rio de Janeiro com a família, inicialmente a ideia de ficar longe de seu affair, suas amigas e todas as festinhas para passar o verão com seus pais e um casal de amigos (com sua filha sem graça) é intolerável, mas esse acaba sendo o melhor verão de toda sua vida.

Pontos negativos:
  • Achei o romance muito água com açúcar, não me encantei, não suspirei, na verdade achei muito ruim e forçado. Mila e Leandro não tinham nenhuma química e achei muito sem graça, certamente isso acabou com o livro. Espero que nos próximos livros da série a autora não faça com que nós, leitores, engulamos uma história de amor tão artificial. - 5 pontos
  • Não tem história. Não tem um conflito, a autora simplesmente pegou esse tema "amor de verão" fez um romance fraco e é isso ai, gente. Uma narrativa precisa de uma introdução, um conflito, um desenvolvimento e uma conclusão. Senti como se estivesse lendo uma redação de alguém da minha classe da oitava série na qual a autora estava apenas querendo encher linguiça para ultrapassar as x linhas, porque Fernanda poderia escrever uma bíblia com a história que criou: piscina, beijar, escrever na agenda, dormir. É nisso que o livro é baseado. - 4 pontos
  • A narrativa. A autora tem muito que amadurecer sua escrita, mas isso vem com o tempo e experiência espero ver uma evolução nos próximos livros da série. - 1 ponto
  • A diagramação está muito infantil e parece que foi feita no paint, não gostei do design gráfico da obra. - 1 ponto
Pontos positivos:
  • O clima do livro é contagiante. Búzios é um lugar mágico e um cenário perfeito. Já fiquei hospedada na "pousada com telhados coloridos" no canto esquerdo da praia Geribá e já estive em vários locais que aparecem na trama e me senti em casa, sabia como era cada ponto descrito e foi uma experiência muito boa. Além de que Fernanda soube captar o espírito do verão. Aquela estação onde você só procura algo para preencher seus dias a toa. + 2 pontos
  • Mila e a relação com sua mãe, me identifiquei com ela, na verdade, toda a adolescente brasileira irá. Ela tem os mesmos receios, medos, pensamentos que qualquer uma de nós. Uma personagem bem real que foi um ponto positivo. Assim como sua relação com a mãe. "Mãe é tudo igual só muda o endereço" e é verdade senti como se estivesse entre um diálogo com minha progenitora e isso foi bem interessante + 3 pontos
  • A premissa "estações". Acima de tudo, sim, quero ler a continuação, acho que Mila estará mais madura assim como a autora e adorei a ideia de histórias de acordo com as estações do ano. Aguardo "Folhas de outono" e tenho a expectativa que seja melhor que o primeiro livro da série. + 1 ponto
  • É um livro leve e rápido, não é uma obra arrastada, é gostoso e simples, o que eu estava procurando nesse feriadão. Uma boa companhia por mais que não seja lá isso tudo. + 2 pontos

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Vinte garotos no verão - Sarah Ockler

Olá leitores,
A resenha de hoje é sobre um lançamento de Abril da Novo Conceito, nossa editora parceira. 
  


O livro conta a história de Anna, Frankie e Matt, três vizinhos e amigos inseparáveis. Mas Anna nutre sentimentos por Matt nos quais esconde de Frankie, a irmã do garoto, e em sua festa de aniversário de 15 anos os desejos de Anna se tornam realidade, Matt enfim a beija e a relação deles começa a mudar, todavia entre encontros escondidos na madrugada e uma viagem de família para a ensolarada Califórnia onde Matt iria enfim contar a Frankie sobre sua relação com a melhor amiga da garota, Matt falece. Deixando para trás corações partidos.
Um ano mais tarde, Frankie se tornou outra pessoa, uma garota cheia de atitude, revoltada que no fundo só queria chamar um pouco de atenção para tentar suprir a carência que o irmão deixou em sua vida e Anna aderiu seu diário como confidente. Ambas viajarão juntas para a Ilha Zanzibar onde terão o Melhor Verão de Todos os Tempos. E Frankie faz uma proposta: Vinte dias, Vinte garotos. Assim Anna finalmente pode viver uma paixão de verão, mal sabendo ela que a garota já teve seu amor, Matt, seu falecido irmão. 

Nem sei o que dizer sobre esse livro, meus sentimentos sobre ele foram tão conflituosos... Mas prometo me esforçar.
A narrativa da autora é muito fluída, quando você percebe já está no meio do livro, é leve e contagiante, eu me senti em meus dias de férias onde estou apenas procurando algo para preencher meu tempo livre. Além disso, os capítulos não são muito longos, tem a quantidade de páginas ideal para não deixar os leitores cansados. 
Um ponto negativo foi que a protagonista nunca viu o mar, então ela narra como é a sensação de ver aquela imensidão azul pela primeira vez e as sensações e etc... E eu não consegui me identificar e eu por mais que entendesse o contexto, achei muito mimimi. Oras! Eu sou carioca, moro a uma rua da praia e o mar para mim é tão comum quanto árvores! Cresci com ele! Não tenho essa de "quando eu vi o mar...". Ainda me encanto e me acho extremamente pequena em comparação a ele. Mas quando as ondas viram cenário da minha ida à escola, acho que duas páginas descrevendo aquilo bem desnecessário.
Alguns momentos achei também um pouco fútil. Anna e Frankie mentem para os pais para ver os garotos, inventam histórias mirabolantes para encobrir suas mentiras e os pais são alheios a tudo. Se elas dissessem que eram parentes da Rihanna eles iriam acreditar. Para mim faltou uma cinta (hahahahahah) ou um esporro, sabe?
Achei a história emocionante e maravilhoso o modo que a autora lidou com o tema. Além dos personagens serem muito bem construídos psicologicamente. 
É uma leitura destretensiosa, ideal para uma tarde de verão, com a brisa quente em seus cabelos (ok, eu li em uma segunda-feira chuvosa, ignorem), dei 3 estrelas, é um bom livro, porém nada muito marcante. 


terça-feira, 15 de abril de 2014

TBR Jar

Olá, leitores! 
Para quem não sabe, TBR Jar consiste em um recipiente onde contém nomes de livros onde você sorteia um papelzinho e você deve ler o título que sair. Bem, eu aderi essa ideia, é muito bom para quando estou em dúvida a respeito de minha leitura atual. Esse mês sorteei o primeiro livro da TBR Jar que foi "Vinte garotos no verão" da editora Novo Conceito. 


Estou gostando bastante, é uma leitura bem despretenciosa por mais que eu esperasse mais (resenha em breve). 


Estes foram os livros que adicionei e estou muito animada para lê-los. Decidi que sortearei um livro para ser lido uma vez por mês, porém com toda certeza abrirei muito mais vezes já que sou uma pessoa absurdamente indecisa! 
É isso, essa semana tem resenha de "Vinte garotos no verão" e fiquem ligados nas minhas próximas leituras no twitter (@ddigitalduda)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Devaneios na madrugada

"Amei demais as estrelas para temer a noite"
Gosto da madrugada, sempre gostei na verdade. Sou uma pessoa noturna. Nunca fui de dormir cedo e com o tempo a madrugada se tornou uma velha amiga. É um horário misterioso, onde tudo está calmo e posso pensar com mais clareza, as luzes das janelas dos prédios estão apagadas, todos descansam de um dia exastivo de trabalho e se preparam para outro que está por vir. Gosto dessa paz que esse horário proporciona. Olho pela janela e vejo a cidade. Alguns carros passando na rua fico imaginando o que estão fazendo essa hora da noite e se em cada uma dessas poucas janelinhas acesas se encontra uma pessoa como eu, apenas tentando encontrar seu lugar no mundo. Antes dos primeiros raios de sol da manhã, antes do galo cantar, antes de ter que voltar para as preocupações do mundo real, gosto de curtir a solidão que nem sempre é tão ruim assim. Gosto de orar e falar com Deus. Não sei se está tarde ou cedo, não me importo para ser sincera. Me sinto protegida em meu quarto vestindo meu pijama predileto entre as cobertas quando todos os monstros estão dormindo. Todos os monstros são humanos.